terça-feira, 24 de abril de 2012

Sombras de Inverno

ESSE TEXTO FOI INSPIRADO NO LIVRO "SOMBRAS DE INVERNO". SEGUE ALGUMAS EXPLICAÇÕES.
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-Sinopse
Largada no altar pela segunda vez, Eve começou a duvidar no amor de Lucien. Mas o que aconteceu foi que o noivo, que é médium, ficou preso em um hotel mal-assombrado por vários fantasmas e um espírito muito maligno. Assim que descobre seu paradeiro, Eve e um grupo de amigos vão ao hotel salvar Lucien.

Sobre dois personagens

O’Hara: rapaz bonito que possui um dom particular: quando toca em um objeto sente sua energia, e quando toca uma pessoa descobre seus segredos e passado. Por causa disso muitas pessoas se afastam e o temem. É muito solitário, mas acredita no amor.

Daisy: amiga da noive que vai ao hotel tentar ajudar o grupo. Porém, além do medo do lugar, a moça volta a ser assobrada por um triste acontecimento de seu passado. Aos 17 anos, o rapaz que ela amava a engravidou para logo depois largá-la. Por esse motivo, Daisy evita qualquer tipo de relacionamento por achar que nenhum homem irá desejar uma mulher que não é mais pura.

O que aconteceu:
Enquanto acompanhava Daisy para ajudá-la a achar um quarto para dormir, O’Hara e ela ficaram trancados (o espírito maligno bloqueou todas as portas do hotel). Pela primeira vez os dois conversam educadamente e todas as suposições que fizeram um do outro foram desmentidos. O’Hara não era um malandro incorrigível como Daisy pensara, e ela não é tão forte quanto tenta parecer. Decidida, Daisy permite que ele pegue sua mão e veja o passado triste que a moça esconde.
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 Estavam de pé no centro do quarto mal iluminado pela lua, mas era possível ver alguns espectros nos cantos. O’Hara a abraçou com mais carinho, tentando protegê-la. Ela era tão frágil, tão doce, e escondia com medo um erro de juventude. Queria ser capaz de cuidá-la, de provar que nem todo homem se aproveita da inocência das moças.

Ergueu o queixo dela e, mesmo na penumbra, sabia que o olhava diretamente nos olhos. Sem dizer nada, O’Hara começou a se aproximar do rosto de Daisy, mas ela desviou.

-Você não deve fazer isso.

-E por que não? Eu gosto de você Daisy.

-Não, você não gosta. Acha que estou vulnerável só porque viu meu segredo. Mas não vou permitir que se aproveite de mim.

Daisy tentou se soltar do abraço, mas obviamente o rapaz era mais forte e a segurou. Quando O’Hara falou, sua voz havia mudado para um tom ofendido:

-Como se atreve a fazer um julgamento tão sujo de mim? Eu posso ter essa maldição que outros chamam de dom para poder ver seus segredos. Só que não sou como o desgraçado que lhe provocou tanta dor.

Percebendo o erro que havia cometido, Daisy suspirou e apoiou a testa no ombro do rapaz.

-Perdão, falei sem pensar. Estou nervosa por você ter me descoberto. Pensei que iria me enojar sabendo que não sou pura, mas ainda assim está me abraçando. Eu não mereço tal carinho. Solte-me por favor.

-Daisy, olhe para mim.

Ela ergueu os olhos e percebeu que O’Hara estava com um pequeno sorriso.

-Você merece todos os carinhos do mundo porque é uma pessoa incrível, delicada e doce. Eu não seria capaz de fazê-la sofrer. Deixe-me provar para você o quanto eu lhe gosto.

Não houve resposta. Ela simplesmente ficou em silêncio, encarando-o na penumbra. Recebendo aquilo como uma permissão, O’Hara baixou o rosto até alcançar seus lábios. O primeiro toque foi leve, sutil, e logo em seguida ele começou a movimentá-los. Era um beijo calmo mas fez o corpo de Daisy se arrepiar, como se estivesse acordando após um grande tempo. A moça colocou a mão na nuca dele, respondendo aos poucos ao beijo. Alguns segundos depois, ele se afastou para sussurrar:

-Vamos para a cama?

-Mas e os fantasmas ainda estão aqui?

-Eu vou protegê-la.

Pegando-a nos braços, O’Hara a deitou no colchão com cuidado, como se ela pudesse quebrar. Mesmo com a fraca luz que entrava no quarto, ele pode ver que Daisy estava com o rosto vermelho e um brilho diferente nos olhos. Deitou-se ao lado dela e a puxou para perto, até seus corpos estarem juntos.

Segurou-a pelos cabelos e a beijou novamente, mas dessa vez foi um pouco mais possessivo. Movia os lábios co o mesmo cuidado, mas apertava o corpo dela, fazendo-a suspirar baixo. Foi deslizando uma mão pelo seu pescoço até alcançar um seio. Quando o tocou, Daisy deu um gemido rouco de surpresa, e o puxou para mais perto.

Mesmo por cima do vestido que ela usava, O’Hara sentia o quanto o mamilo estava eriçado. Queria arrancar suas roupas e prová-la por inteiro, mas também queria proporcionar todos os prazeres a ela. Apoiou-se no cotovelo e ficou de lado, porque assim tinha mais acesso ao corpo de Daisy. Começou a passar o polegar pelo seio dela, sentindo-o cada vez mais convidativo. Sem mas aguentar, foi desabotoando o vestido, revelando a roupa de baixo dela, que era um fino tecido de seda. Vendo o contorno de seu bico fazendo marca no tecido, ele não resistiu e passou a língua por ele.

Ao sentir o toque, Daisy gemeu mais uma vez e arqueou as costas. Ainda não acreditava que tudo aquilo estava acontecendo e em como reagia a O’Hara. Até mesmo um simples beijo dele já a deixou excitada, e agora estava sentindo pequenas explosões por todo o corpo. Pegou os cabelos dele e sussurrou:

-Mais...

Ouvindo-a daquele modo tão desejoso, O’Hara a levantou da cama e tirou seu vestido. Com pressa acabou rasgando o tecido de seda, fazendo-a rir. Daisy puxou sua camisa para fora da calça, abrindo os botões rapidamente e beijando-o de novo.

-Não precisa me tocar como se eu fosse de porcelana. Agora estou com tanto desejo quanto você.

Não parecia mais a mesma moça de minutos atrás. Agora era uma mulher excitada, cheia de desejo. Levantou-se da cama e tirou a camisa e a calça, sem deixar de olhá-la. Voltou ao lado dela, baixando a boca direto ao seio descoberto. Seu cheiro, gosto e textura deixaram O’Hara ainda mais desejoso, e lambeu-o vorazmente, sugando-o com força e fazendo Daisy erguer as costas e gemer.

Eram tantas sensações juntas e tudo que Daisy conseguia produzir eram gemidos, mesmo ainda baixos. Arranhava as costas de O’Hara, segurava-o pelo cabelo. Puxou-o para cima e o beijou com urgência, invadindo sua boca com a  língua, procurando a dele para sentir seu gosto.

Foi pego de surpresa pelo beijo quente de Daisy e respondeu-o com a mesma intensidade. As línguas dançavam juntas, cada um provando o sabor do outro, querendo cada vez mais. Enquanto a beijava, O’Hara tocava seu corpo, sentindo a pele macia dela. Já estava com muito desejo de senti-la. Deslizou a mão até tocar seu sexo. Apenas passou a ponta do dedo nele, mas foi o bastante para Daisy gemer mais alto.

-Faça isso de novo... – ela gemeu.

O’Hara repetiu o gesto, mas dessa vez ficou acariciando o botão rosado até Daisy começar a respirar com dificuldade. Lambeu de novo seu seio e disse contra ele:

-Quero sentir você na minha mão.

Continuou dedilhando-a e sentindo o quanto ela estava ficando molhada. O’Hara suspirava contra o seio dela, sem parar de lambê-lo e sugá-lo, absorvendo seu gosto. Sem nenhum aviso, penetrou-a com um dedo, pegando-a de surpresa.

Estava tão excitada que ao ser tocada por O’Hara não sentiu nenhuma dor. Apenas prazer. Aquele toque foi tão bom que Daisy gemeu alto, quase um grito, enquanto apertava e arranhava o corpo dele. Queria mais daquilo. Já não havia mais o medo no quarto, nenhum fantasma do passado a assombrando.

Deseja sentir o prazer de ser realmente amada.

- O’Hara... – murmurou – Eu quero mais.

Arrepiou-se ouvindo seu nome e a beijou de leve.

-O que você quer?

-Quero você em mim. Agora.

Sorriu contra os lábios dela e se posicionou em cima. A luz estava um pouco mais forte e podia ver o corpo de Daisy completamente entregue. Ela abriu as pernas num convite silencioso. O’Hara segurou suas mãos acima da cabeça e a penetrou de uma só vez, mas com o cuidado
necessário. Não queria que ela sentisse dor, e se moveu devagar para acostumá-la a seu membro.

Pequenas explosões invadiram seu corpo quando O’Hara a possuiu. Percebeu o quanto ele estava sendo cauteloso, mas não havia dor. Gemeu de novo e moveu seu quadril, encaixando ainda mais seus corpos.

Entendendo o que ela queria, O’Hara começou os movimentos lentamente, retirando-se quase por inteiro e voltando, fazendo Daisy gemer e suspirar. Aos poucos aumentou o ritmo, beijando os lábios e depois o pescoço dela. Logo chegariam ao ápice do prazer, mas ainda queria ouvi-la gritando.

O’Hara estava dando-lhe tanto prazer que sabia que não aguentaria por muito mais tempo. Soltou suas mãos das dele e o arranhou nas costas, numa tentativa de segurar o orgasmo.

-Não segure, meu amor. Quero lhe sentir inteira... venha para mim. – ele disse em seu ouvido, lambendo o lóbulo da orelha.

Naquele momento foi como se o corpo inteiro entrasse em combustão. Os movimentos estavam mais rápidos e Daisy os acompanhava com o quadril, sentindo o membro pulsando dentro de si. Foi então que gritou:

- O’Hara!

Seu corpo primeiro retesou para então relaxar, tremendo um pouco. Ao senti-la despejando-se nele, O’Hara também chegou ao orgasmo, abraçando-a com força. Os dois ficaram respirando pesadamente, ainda conectados.

Ele então rolou para o lado e deitou-se no colchão, sentindo ainda alguns arrepios. Daisy apoiou-se no cotovelo e olhou para ele, acariciando seu rosto um pouco barbeado.

-Você me chamou de “meu amor”.

Sorrindo no escuro, O’Hara estendeu o braço e a puxou para cima de si.

-Chamei. Eu realmente gosto de você. Acredita agora?

Uma lágrima brotou no olho de Daisy, que respondeu enquanto o beijava de novo.

-Acredito.

Não existiriam mais fantasmas.